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Mostrando postagens de agosto, 2017

O dia comum e o grupo no WhatsApp

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Todo dia pela manhã abro o WhatsApp (aquela rede social) daquele grupo e tem vários "Bom Dia". Alguns com mensagens com votos de felicidade e dicas do bem viver. Hoje nem abri. É a mesma coisa dita de forma diferente, repetida. Deixo o celular de lado, vou levantar pra tomar café com leite, aipim, batata doce e queijo branco. Tenho me esforçado para abandonar meu caso de amor eterno com o pão francês. Farinha branca, meu pirão por último. Coisas de saúde versus idade. Quase sempre encontro com velhos amigos - não amigos velhos - reclamando de índices glicêmicos, taxas de colesterol e triglicerídeos, balanças desreguladas... Melhor fazer logo um sacrifício e entrar no arroz integral e assemelhados. Dizem que depois a gente acostuma. Tem que acostumar. Minha genética tem me ajudado até aqui, mas desconfio que ela já chegou no seu limite, preciso agora fazer a minha parte. Mas e aquele grupo? Nem olhei. O joelho nesta manhã dá leves sinais de reclamação, desconfio que o

Impressões sobre a música e seus poderes

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Nunca entendi porque algumas pessoas gostam tanto de música e outros não dão a mínima. Ok, é apenas mais um item da singularidade entre os seres humanos. Acredito que na natureza (fora a humana) existe um consenso maior.  No mundo animal (irracional ou nem tanto), por exemplo, a música - ou sons organizados em uma forma - é unanimidade por um motivo simples: sexo! Qualquer tipo de acasalamento que já ouvi falar leva em consideração a arte da conquista, ainda que instintivamente. Neste caso, além de sinais visuais são emitidos cantos, muitas vezes complementados por danças ou movimentos bem específicos. Sem dúvida um ótimo motivo para os animais criarem sua própria forma musical, de acordo com a espécie. E com o mundo vegetal? Experiências tem sido feitas com viníferas submetidas à música de alto nível para se conseguir colheitas de caráter superior, gerando vinhos soberbos. Coincidência que o vinho seja considerado a mais sensual das bebidas. Nesse aspecto, também no u

O Edifício Soturno e a Nossa Vida

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Faz muito tempo. Quando criança, caminhava pelas ruas simples do meu bairro do subúrbio. Neste caminhar gostava de olhar com curiosidade para as casas e seus quintais. Nos tempos adultos tal hábito se perdeu e nem sei mais porque tinha aquela curiosidade. Preso em escritório no dia a dia de labuta e me deslocando quase exclusivamente de carro não existe inocente costume juvenil que sobreviva. Observando detalhes nas ruas Com a recente aposentadoria, começo a perceber que fatos, emoções, hábitos até então soterrados por compromissos, preocupações, pressões diárias, começam a voltar à tona. Existindo a propriedade do próprio tempo - ainda que parcialmente - descobre-se que andamos nos últimos anos e décadas sendo apenas parte de uma engrenagem, pouco exercendo a grata satisfação de apenas "ser". Tais divagações são apenas tentativas de explicar um fato aparentemente corriqueiro. Estava no Rio passando uns dias. De manhã, após o café, resolvi dar uma v