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Mostrando postagens de outubro, 2015

Morando em si mesmo (ou em um bar à beira-mar)

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Comecei este fim de semana (sim, o fim de semana começa na sexta, é claro!) lendo a seguinte frase poética de Mario Quintana: "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas." Foi citado pelo escritor - ligado em meditações diversas - Pedro Tornagui, acompanhado desta foto aqui ao lado, de uma casinha perdida em uma agradável floresta. Verdade que tá cada vez mais difícil "morar em si mesmo", com licença poética ou não. Aliás o feriadão é um convite à tese contrária: pegar avenidas e estradas engarrafadas em direção à praias e, eventualmente, serra. Uma perda de tempo que sou adepto. Mas a sexta apresenta-se nublada e eventualmente chuvosa. Talvez o feriadão permaneça com muitas nuvens e a tradição do dia de finados chuvoso se cumpra, o que hoje já seria uma exceção: tradições (mística) e meteorologia (ciência) não tem se combinado ultimamente. Mas, na maioria das vezes - desconfio -

A dura decisão da Playboy americana e as impressões que isso me causou

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Ando meio desanimado para escrever as minhas crônicas semanais aqui no Impressões e no Blog de Luiz Felipe Muniz . Leve depressão? Não. Falta de tempo. Na verdade deve ser é falta de criatividade. Ou incapacidade mesmo. Então tá. Sobre que tentarei escrever? Enquanto penso dou uma olhada no Face. E em alguns sites. Como sempre, ouvindo uma música ao fundo. Na madrugada, no CD player , não rolava um Blues, mas o som Smotth Jazz do Matt Marshak, CD "Lifestile". Vejam (ou já vão ouvindo) ele lá no final deste texto. O título do disco acende a primeira luz do que poderia ser um tema. A segunda luz veio de um post feito pelo amigo Betinho, sempre alegre, gaiato e crítico, sobre tempos passados versus tempos presentes: " Sabe porque eu sou feliz? Porque curti, mesmo novinho, o final da década de 60 do século passado. E eu curti pra 'caráleo' a geração da década de 70. E curti pra cacete a geração da década de 80. E curti pra caramba a geração da década de 90. A

O sonho que tive e seu possível significado (sem recorrer a Freud)

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Um ônibus no sonho? Tenho sonhado ultimamente. Pode não significar nada que mereça um registro aqui e vocês - meus 17 leitores - estarão certos. Mesmo assim me arrisco a escrever sobre isso. Ainda que com a possibilidade dos 17 se reduzirem a 7. Dizem que sonhamos sempre. O cérebro não para. Mas na maioria das vezes não nos lembramos. Ocorre que ultimamente tenho me lembrado. Pelo menos em flashes. Não sei se tem ocorrido com vocês isso também. Na última noite sonhei que estava em uma excursão. De ônibus. Na verdade íamos a um casamento. Em Brasília. Nos arredores de Brasília. Meio distante do centro. As casas eram de classe média, muito espaçadas uma das outras e eram longe de tudo. Pensei que não deve ser legal morar tão distante de um centro urbano. Aí me questionei: o que pensa um morador de Nova Yorque sobre quem mora em uma distante cidade de porte médio no Brasil? Ou o que pensa um morador de Ipanema sobre um morador do Irajá? Ou, ao contrário, o que acha quem fugiu d

La Barca e a história do sexo na praia (reminiscências de um cubano)

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Ler sempre esteve entre meus hábitos cotidianos, desde que me entendo por gente. E ouvir e colecionar músicas. Nunca fui de escrever (bem), muito menos de criar músicas, mas me insiro quase que automaticamente em uma boa história ou numa linda canção de outros. Alguns autores conseguem fazer as duas coisas ao mesmo tempo, escrevem como se fosse música, fazem música como se contassem uma história (mesmo que não tenham letras). Recentemente descobri um escritor cubano que, com suas reminiscências e análises do cotidiano masculino, conta coisas simples que me soam como pequenas canções. O nome dele é Fabio Hernandez, que publica no site Diário do Centro do Mundo . Reproduzo a seguir uma de suas histórias. E, como ele escreve por música - e nesse caso cita uma - resolvi reproduzir a canção mencionada ao final, o belo bolero "La Barca". O melhor sexo de minha vida. Por Fabio Hernandez "Juanita estava de amarelo naquela noite quente e estrelada de Cuba. Um vesti